A arte de transformar o Cerrado em cor e poesia. Foi assim que o ex-piloto agrícola de Cuiabá, Osório de Castro, e a mulher dele, Mirian de Castro, trocaram os céus pela terra. Em determinado momento da vida, Osório decidiu sair da aviação e criar uma marca de roupas sustentáveis, com tecidos tingidos artesanalmente usando plantas típicas do bioma.
O projeto ganhou vida em uma chácara durante a pandemia, no Cerrado mato-grossense, onde o casal, agora empreendedores sustentáveis aram a experimentar tinturas naturais a partir de folhas, raízes, sementes e cascas de árvores.
As roupas e órios únicos, como ecobags, têm estampas botânicas e tons terrosos extraídos diretamente da natureza. Entre as plantas usadas para colorir as peças, Mirian destaca que usa das quais estão no próprio quintal da chácara.
“A gente usa a folha de goiaba, a folha de abacate, palha de cebola, casca de romã, casca de jatobá-mirim… A variedade é imensa! O Cerrado é riquíssimo”, contou Mirian, uma das criadoras da marca.
Moda consciente e feita à mão 34511z
A técnica usada por ele é chamada de ecoprint ou impressão botânica. Com esse procedimento, as folhas frescas são posicionadas sobre tecidos naturais — como algodão e linho —, que depois am por um processo artesanal de tingimento, extraindo as cores e formas diretamente das plantas.
“É um resgate da natureza. Cada peça é única, não há repetição. E tudo que usamos volta para a terra como adubo. É moda com consciência, sem poluição têxtil”, explica.
Além das roupas, a marca também produz órios, ecobags, almofadas, cortinas, peseiras de cama e outros itens de decoração — tudo com uma pegada sustentável e artesanal.
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Dos céus à raiz 2u2731
Antes de mergulhar na sustentabilidade, o criador da ‘Eco da Aldeia‘ atuava como piloto agrícola em fazendas de Mato Grosso. Mas decidiu mudar completamente de vida ao perceber que queria se reconectar com a terra, com o cuidado e com o tempo da natureza, e não mais viajar como fez durante anos.
“Me aposentei, fiz um curso e começamos a trabalhar e estamos desde na época que iniciou a pandemia. É tudo super natural. Você não vai encontrar ninguém com uma roupa parecida”, explicou Osório.
Fonte: primeirapagina