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PolĂ­tica

Governo Lula critica Israel sem mencionar grupos terroristas: entenda a polĂȘmica 1x6m72

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O governo do presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva voltou a criticar Israel pela guerra do Oriente MĂ©dio. Em nota publicada por meio do MinistĂ©rio das RelaçÔes Exteriores (MRE), a gestĂŁo petista “condenou” açÔes militares do paĂ­s judaico nos subĂșrbios ao sul de Beirute, capital do LĂ­bano, na sexta-feira 28.

Um bombardeio atingiu a capital libanesa depois de uma evacuação do bairro realizada pelo ExĂ©rcito de Israel. De acordo com a agĂȘncia de notĂ­cias Reuters, o alvo da ação era uma instalação de armazenamento de drones na ĂĄrea pertencente ao grupo terrorista Hezbollah.

“O governo brasileiro condena os bombardeios israelenses realizados ontem, dia 28, em Beirute e no sul do Líbano”, afirmou o Itamaraty. “Assim como o lançamento de foguetes a partir do Líbano contra o território israelense, ambos em violação ao acordo de cessar-fogo de 26 de novembro.”

O MRE ainda disse expressar “forte preocupação com essa recente escalada de violĂȘncia e com as violaçÔes sistemĂĄticas do cessar-fogo”.

“O Brasil conclama as partes envolvidas a exercer mĂĄxima contenção e a cumprir, integralmente, os termos do referido acordo e as obrigaçÔes previstas na Resolução 1.701 do Conselho de Segurança”, prosseguiu o governo federal. “Incluindo a plena retirada das tropas israelenses do Sul do LĂ­bano.”

Assim como em comunicados anteriores, o governo Lula critica apenas Israel. Não hå nenhuma menção ao Hezbollah ou ao Hamas.

Grupo terrorista com base na Faixa de Gaza, o Hamas é o responsåvel pela deflagração da guerra. Em 7 de outubro de 2023, terroristas invadiram o sul israelense. Mais de mil civis foram mortos e centenas de pessoas foram sequestradas. Até hoje, o Hamas mantém reféns no território palestino.

No mĂȘs ado, Lula criticou o plano anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de assumir o comando da Faixa de Gaza. Para o petista, a estratĂ©gia Ă© “praticamente incompreensĂ­vel”.

“Os Estados Unidos participaram do incentivo a tudo que Israel fez na Faixa de Gaza”, disse Lula, em entrevista a rádios de Minas Gerais. “Então, não faz sentido se reunir com o presidente de Israel e dizer: ‘Nós vamos ocupar Gaza, vamos recuperar Gaza, vamos morar em Gaza.’ E os palestinos vão para onde, onde vão viver? Qual o país deles?”

Lula voltou a falar que as açÔes do ExĂ©rcito de Israel configuram um “genocĂ­dio” na Faixa de Gaza. “Sinceramente, nĂŁo sei se os Estados Unidos, que fazem parte de tudo isso, seriam o paĂ­s para tentar cuidar de Gaza.”

“Quem tem que cuidar de Gaza sĂŁo os palestinos”, prosseguiu presidente brasileiro, que Ă© considerado persona non grata pelo governo israelense. “O que eles precisam Ă© ter uma reparação de tudo aquilo que foi destruĂ­do, para que possam reconstruir suas casas, hospitais, escolas, e viver dignamente com respeito.”

Ainda durante a entrevista a emissoras de rĂĄdio de Minas Gerais, Lula defendeu a criação do Estado Palestino, “igual o Estado de Israel” para “estabelecer uma polĂ­tica de convivĂȘncia harmĂŽnica, porque Ă© disso que o mundo precisa”.

Fonte: revistaoeste

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